O nome pode ser estranho, mas a síndrome da boca seca é um problema muito comum para várias pessoas.
A saliva é fundamental para digerir os alimentos, limpar a boca e controlar a população de bactérias, evitando infecções. A partir dos 30 anos, a salivação começa a diminuir, essa queda dificulta a deglutição e abaixa a resistência bucal.
Se for uma diminuição brusca, pode configurar uma doença que, se não diagnosticada e tratada a tempo, resultar, inclusive, na perda dos dentes.
Síndrome da boca seca: o que é?
A boca seca, também chamada de xerostomia, assialorreia ou hipossalivação, é caracterizada pela diminuição ou interrupção do fluxo salivar. Pode ocorrer em qualquer idade ou sexo, mas é mais comum entre as mulheres idosas.
A saliva desempenha um importante papel na proteção contra infecções bucais por fungos, vírus ou bactérias, que causam cárie e mau hálito. Além disso, ajuda na formação e deglutição do bolo alimentar, facilita a fonética e é essencial na retenção de próteses.
A boca seca ao acordar pode ser um leve sinal de desidratação, alguns medicamentos também provocam essa sensação. Portanto, se o sintoma persistir, um médico deve ser consultado.
Pode ser originada de diversos fatores, entre eles:
– Doenças sistêmicas ou autoimunes: lúpus, síndrome de sjögren, diabetes, anemia, fibrose cística, hipertensão e artrite reumatoide;
– Processo de envelhecimento das células e do organismo;
– Ingestão prolongada ou efeitos colaterais de medicações específicas, como antidepressivos, antialérgicos, diuréticos e anti-hipertensivos;
– Deficiências nutricionais: falta de vitamina A e do complexo B ou riboflavina;
– Problemas na tireoide;
– Alterações hormonais, principalmente na menopausa e durante a gravidez;
– Problemas respiratórios: desvio de septo, obstrução das vias aéreas ou respiração bucal;
– Hábitos de vida: fumar, comer muitos alimentos ricos em açúcar, não beber muita água, jejum, uso de álcool, urinar demais.
Alguns sinais e sintomas
Todos sentem a boca seca às vezes, mas quando essa sensação não passa é porque talvez você tenha um problema em produzir saliva. Os sintomas da doença incluem:
– Garganta seca e sede frequente;
– Dificuldade para mastigar, deglutir, sentir gosto dos alimentos ou falar;
– Língua seca, áspera ou ardendo, com sensação pegajosa;
– Feridas e fissuras na boca, nos cantos ou nos lábios;
– Crescimento da placa bacteriana, de cárie e desenvolvimento de doença gengival;
– Gosto ruim na boca e mau hálito.
Como prevenir e tratar a síndrome da boca seca?
Existe uma série de medidas que minimizam a boca seca, incluindo: beber água ou líquidos sem açúcar ao longo do dia, evitar bebidas com cafeína (café, chá e alguns refrigerantes), mascar chicletes sem açúcar para estimular o fluxo de saliva, não fumar e não ingerir álcool, alimentos picantes ou salgados e ainda açucarados.
Antes de qualquer procedimento, é necessário consultar um dentista para diferenciar se a queixa de boca seca representa realmente uma diminuição na produção salivar. O profissional realiza testes específicos, como sialometria, para avaliar os padrões salivares e emitir um diagnóstico correto.
O tratamento da boca seca depende muito do fator causador identificado na consulta. Se for provocada pelo uso de medicamentos, o dentista tem a opção de trocar o remédio ou ajustar a dose.
Se as suas glândulas salivares não estiverem funcionando bem ou produzindo pouco saliva, o dentista poderá receitar um medicamento para estimular a produção ou que funcione como saliva artificial para manter a boca úmida.
Consulte um dentista se estiver sofrendo desse problema! Além disso, monitore os medicamentos que você usa e seus hábitos de vida, incluindo os alimentares.
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